Calculadora e planilhas eletrônicas auxiliam a turma na
resolução de problemas
Nenhuma das inovações tecnológicas substitui o trabalho clássico na disciplina, centrado na resolução de problemas. Estratégias como cálculo mental, contas com algoritmos e criação de gráficos e de figuras geométricas com lápis, borracha, papel, régua, esquadro e compasso seguem sendo essencias para o desenvolvimento do raciocínio matemático.
Entretanto, saber usar calculadoras e conhecer os princípios básicos de
planilhas eletrônicas do tipo Excel são hoje demandas sociais. Você deve
introduzir esses recursos nas aulas - mas com o cuidado de pontuar que eles não
fazem mágica alguma. Ao contrário, sua utilidade se aplica apenas a situações
específicas. "O professor deve mostrar que eles são importantes para
poupar tempo de operações demoradas, como cálculos e construções de gráficos,
quando o que importa é levantar as ideias mais relevantes sobre como resolver a
questão", defende Ivone Domingues, coordenadora pedagógica da Escola da
Vila.
Enquanto as propostas com calculadora parecem estar mais disseminadas (é comum
em várias escolas, por exemplo, utilizá-las para conhecer propriedades do
sistema de numeração ou validar contas), o trabalho com planilhas eletrônicas
ainda ensaia os primeiros passos. Vale a pena considerar o uso desses
aplicativos, já que eles permitem aliar vários conteúdos: coleta de dados,
inserção de fórmulas algébricas para cálculos, elaboração de tabelas e
tratamento da informação (leia a sequência didática no quadro ao lado).
É importante que as atividades incluam desafios que questionem e ampliem o
conhecimento da turma: o que acontece com os resultados da tabela se
modificarmos um dos dados da fórmula? E com o gráfico, caso troquemos os
valores da tabela? Para mostrar dados cuja soma chega a 100%, qual o tipo mais
adequado de gráfico: o de colunas, o de linhas ou o de pizza? "Nessas
explorações, o aluno aprende a controlar melhor as alternativas de resolução
que a ferramenta oferece", argumenta Ivone.
Por fim, na área de Espaço e Forma, a mesma economia de tempo - dessa vez, na
construção de figuras - é possibilitada por programas como o GeoGebra
(disponível gratuitamente em www.geogebra.org) e o Cabri Gèométre (pago), que
deixam a garotada analisar as propriedades de sólidos e planos,
movimentando-os, marcando pontos ou traçando linhas sem a necessidade de
redesenhar.
Texto: Amanda Polato
Fonte: Nova escola
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